Conhecendo mais a homeopatia

No mês de dezembro, nos preocupamos mais com presentes do que com o aniversariante, mês em que o afeto, traduzido por saudade, lugar faltando na mesa, lágrimas torna o que seria mágico em algo muito triste, mas o que realmente significa afeto e o que o afeto pode trazer de bom ou de ruim para o ser humano?

Afeto inclui sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e emoções em geral. Ele apresenta várias dimensões, incluindo os sentimentos subjetivos como amor, raiva, depressão e aspectos expressivos traduzidos por sorrisos, gritos, lágrimas.  O afeto se desenvolve no mesmo sentido que a cognição ou inteligência e é responsável pela ativação da atividade intelectual.

O aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual – mental e físico. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento. Ele pode determinar sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará.

O afeto é o princípio norteador da auto-estima. Quanto menos afeto, menos auto-estima. Assim, desta forma, nos dias de hoje o emocional tem ação direta sobre a saúde das pessoas, quem não ama, quem não se sente amado passa a não ter condições de enfrentar as vicissitudes de sua jornada diária.

Quem se acha sozinho, abandonado, não tem forças nem coragem para chegar aos mais altos fins da sua existência; se sente cansado da vida, sem prazer e sem gozo de suas atribuições.

A tristeza e a infelicidade trazem em seu bojo a desesperança e irremediavelmente a doença.

A homeopatia compreende e respeita o ser humano na sua totalidade tendo uma visão holística do ser humano.

Os sintomas do doente sempre exprimem um sofrimento a se levar em consideração e é justamente por causa deste sofrimento na esfera mental que o indivíduo somatiza seus pesares adoecendo. A Homeopatia é uma ciência essencialmente psicossomática. As emoções podem traduzir-se em respostas somáticas no eixo hipotálamo-hipófise-supra-renal, assim como na tireóide e gônadas – aspectos hormonais e sexuais masculinos e femininos. Quando isso acontece, altera-se a sintonia entre cérebro e os sistemas endócrino e imunológico, o que leva ao desencadeamento de uma série de problemas e a sua repercussão no organismo, com baixa da resistência orgânica e o adoecer.

Doente, segundo a homeopatia, é um Ser humano que está enfermo e que deve ter sua saúde restabelecida, não é somente um órgão, nem tão pouco um amontoado de células e tecidos orgânicos, é alguém que sente, que sofre, que chora, que se sente só, triste e abandonado, que é tão frágil quanto as pétalas de uma rosa, não importando sua constituição, se gordos, se magros, se robustos ou frágeis A Homeopatia é a ciência terapêutica baseada na lei de cura pelo semelhante, uma arte médica baseada em evidências.

Christian Samuel Hahnemann, fundamentou a lei dos semelhantes como método de tratamento sob o nome de Homeopatia.

A Homeopatia é uma Racionalidade Médica, ou seja, não é simplesmente a prescrição de medicamentos para doenças, mas um sistema coerentemente organizado e habilitado para o tratamento do ser humano.

Por isso, os homeopatas seguem o princípio de Maimônides, médico mouro do século XII que diz: “ausculte os órgãos do paciente e sobretudo sonde-lhe a alma”. E como a homeopatia age sobre os organismos vivos?

Hahnemann percebeu que as pessoas possuíam uma vitalidade, uma força que animava o corpo vivo. Quando em perfeito estado de saúde, funciona em admirável harmonia, como uma orquestra tocada por músicos virtuosos. Como aceitar que um médico, ao buscar o caminho da cura, quisesse separar a “orquestra”, ou seja, fragmentar o corpo em fígado, coração, cabeça, pulmão, garganta, etc…., achando ser este o procedimento mais adequado? Achava que aquele poder que mantinha o bem estar do indivíduo, era também responsável pelo seu desequilíbrio e ainda, o caminho para a cura. A este “maestro” Hahnemann chamou de “Força Vital”, num vocabulário mais atual: “Energia Vital”. Sem ela não há vida. É uma força dinâmica, em movimento, que faz com que cada músico toque seu instrumento em perfeita harmonia com o restante da orquestra. Mantém os órgãos em perfeito funcionamento, o que se chama saúde. E, quando este equilíbrio é abalado por influências negativas de qualquer natureza, fortes o bastante para produzir sintomas de doenças, seja no corpo ou na mente, está estabelecida a doença.

Para reequilibrar a “Força Vital”, necessita-se de um estímulo apropriado que é o remédio homeopático.

Assim meu caro leitor, morrer de amor, pode sim ser plenamente possível no sentido literal da expressão, se este amor gerar sofrimento, culpa, desespero, desafeto, mágoa, rancor, ciúme ou ódio, gerará mal estar e doenças de um modo geral.

 

Prof. Dr. Omar Kalil Abrão Eid

Mestre em Homeopatia e Pratica Ortomolecular

CRM 47.153

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